Incentivar o mercado do queijo. Esse foi um dos objetivos da Suck Milk ao apoiar e receber a 1ª Etapa do Concurso de Melhor Queijeiro do “Mundial do Queijo do Brasil”, no dia 20 de janeiro, na sede da empresa, em Nova Erechim/SC.
A proprietária da Suck Milk, Sonia Mentges, comemora a realização dessa etapa no oeste catarinense. “Apoiamos o evento pela segunda vez e esse ano conseguimos trazer para Nova Erechim. Isso fortalece o setor queijeiro e também fortalece os produtores de leite da região”.
Metodologia do concurso
Nessa primeira etapa, os candidatos produziram queijos fora do ambiente que estão acostumados nas suas queijarias. Eles utilizaram os equipamentos cedidos pela Suck Milk: tanques para fabricação e mesas de apoio. Os candidatos precisaram levar outros utensílios e ingredientes necessários.
Cada queijeiro recebeu 50 litros de leite cru de vacas Jérsey de um produtor local. Esse leite tem alto teor de proteína e de gordura e qualidade microbiológica. O organizador do evento e professor de Queijo da Universidade Federal de Viçosa, de Minas Gerais, Antônio Fernandes, explica que os queijeiros puderam usar a tecnologia de sua preferência para a produção do queijo.
No total, foram seis equipes de queijeiros artesanais e grandes produtores nacionais. Eles produziram diferentes tipos de queijos: prensado de casca florida com leveduras e com fungos filamentosos; de casca lavada que vai ficar cremoso no fim da maturação; queijo suíço, com olhaduras; queijo da família golda, de massa fechada e mais láctico; queijo recheado com castanhas do pará, tipo Morbier; e queijo com elementos vegetais e corantes para dar uma característica sensorial totalmente diferente. “São todos queijos de formato, tamanho e características diferentes feitos com o mesmo leite”, enfatiza o professor.
O júri avaliou a inteligência queijeira de cada candidato e a capacidade de adaptação. “Eles não sabiam que teriam um leite com alto teor de sólidos, não sabiam o teor de gordura desse leite e nem como era o local de produção. Então, tiveram que se adaptar. Conseguir produzir nessas condições, em um ambiente extremo, demonstrando a inteligência queijeira”, explica Antônio.
Um dos participantes, Diego Perosa, dos Queijos Perosa, de Iraceminha/SC, avalia que o concurso é importante para experimentar técnicas diferentes e para mostrar o trabalho da empresa. “Santa Catarina tem cultura e tradição na fabricação de queijos e faz bons produtos. Nós criamos um queijo autoral, tendo como base um queijo colonial que é uma característica cultural da região. Trouxemos algumas diferenças para esse queijo, que terá casca mais rústica, com mofo. Trabalhamos com duas culturas específicas para isso. Esperamos, no fim da maturação, um queijo cremoso de massa florida, láctica e levemente ácida”, relata Diego.
Próximas etapas
Os queijeiros ainda participarão de outras etapas. A segunda iniciou também no dia 20 de janeiro e se trata de uma prova de maturação de queijo, que ocorrerá nas queijarias. Para isso, cada candidato recebeu um produto produzido por outro laticínio. “Esse queijo foi feito com leite de vacas da raça Gir, também bem diferente, com teor de gordura mais alto. A forma de maturação será definida por cada queijeiro”, frisa Antônio Fernandes.
Na terceira etapa os profissionais serão testados na sua capacidade de produzir queijo na sua própria queijaria, com características específicas que serão comunicadas no dia 2 de fevereiro.
Na quarta etapa é onde tudo será apresentado e avaliado por um júri internacional no 3º Mundial do Queijo do Brasil, que acontecerá de 11 a 14 de abril de 2024, em São Paulo.
Valorização do setor queijeiro
O concurso valoriza o profissional queijeiro e as empresas, desde as artesanais até os grandes produtores, além de possibilitar o crescimento das organizações. Antônio enfatiza que, na última edição, um queijeiro artesanal foi o vencedor. “Ele recebeu pedidos de queijo de todo o Brasil”, conta.
Antônio Fernandes ressalta, ainda, que o setor de queijos tem crescido no país, mas que há muito mercado para ser conquistado. “Precisamos de bons equipamentos para que os queijeiros possam melhorar sua capacidade de produção e empresas como a Suck Milk têm papel fundamental para isso”, conclui.
O concurso é realizado pela SerTãoBras com apoio da Suck Milk e da Globalfood.